Primeiramente, o cinema foi introduzido em
países
africanos
como um órgão poderoso
para
a colonização, que foi produzido
e
planejado para ser
usado
pelos
missionários cristãos para
difundir o Evangelho
para
os analfabetos das massas, onde
instruía,
controlava
e canalizava
os
colonizados
nos
padrões de vida europeus. Mas em meados
da década de 60,
com exceção da
região
norte, a maioria dos
países
da África Subsaariana ganhou
a
sua independência e começou
a criar
indústrias
cinematográficas e se desprenderam
de
colônias
europeias.
Ao sul do
Saara
na década de 60, começa o
crescimento do
cinema Africano com Ousmane
Sembène, considerado o “pai do cinema africano”,
que tinha como temas
principais
desta
produção:
o
reflexo do processo de
emancipação,
a
atividade de trabalho diária
dos
africanos e seus ajustes para o ambiente
urbano.
Uma longa metragem lançado em 1966 que relata esta situação é “A Jovem Negra”,
de Ousmane Sembène. Filmado em preto e branco, conta a história de uma jovem
africana que se torna empregada doméstica na França, onde é muito maltratada
por seus patões. Em suma, podemos observar que a idealização da metrópole é
brutalmente desfeita pelo racismo.
(Imagens retiradas do Filme "A Jovem Negra").
Dois
fatores atrapalharam o desenvolvimento da cultura cinematográfica na África. O
primeiro deles está ligado ao fato de o cinema sul-africano ter sido, por muito
tempo, dependente dos produtos europeus e americanos. O segundo aspecto limitante
é que nos anos cinquenta os setores governamentais e de negócios manipularam a
indústria de filmes na África do Sul. Mas em 1969 foi fundada a “A Federação
dos Cineastas Africanos” (FEPACI) para promover a produção, distribuição
e exibição do Cinema
africano sem intervenções. Desde sua concepção, a FEPACI tem sido parceira de
outras organizações no desenvolvimento social, político e econômico do continente
africano.
Apesar
das dificuldades iniciais, a indústria cinematográfica começa a crescer, cujo
nível ascendente de maturidade artística e ideológica se transformou em um
exemplo significativo de uma linha de filmes que relatam as realidades,
experiências, prioridades e desejos de cada uma de suas sociedades. Um cinema de
entretenimento, educativo e funcional, que representa o mundo africano e as
suas tradições, histórias e problemas.
O filme passou a
ser utilizado como
um
meio de "reescrever"
a
verdadeira história da
África.
Alguns
exemplos
destas reconstruções da história Africana é
o
famoso filme Ceddo,
por
Ousmane Sembène.
Os
principais temas em
destaque dentro das
linhas de
produção
cinematográfica do continente
negro
são:
• Memória
e
história-africana;
• As
experiências do
exílio e
da
emigração;
• A
classe
dominante
de antes e agora;
• A
questão da existência
de
uma
burguesia
africana;
•A
vida de mulheres e
crianças;
• A
cidade e
o
campo;
Nas
décadas de 80 e 90
o cinema africano
entra
em nova fase de
auto-
identidade. Nesta etapa,
podemos definir o início
da
vida
adulta do
cinema
Africano,
que
continua
em desenvolvimento
até hoje.
Pudemos
observar que o cinema africano
tem
suas raízes em
sua
cultura e
seu
dinamismo atual
(a
língua,
a música,
a dança,
os gestos simbólicos, entre outros).
A indústria cinematográfica africana reflete
sobre
a
dignidade
do
continente para
restaurar
os
valores tradicionais,
a integração dos
próprios
africanos de dentro
ou
fora
do continente
para
combater a corrupção
e eliminar
preconceitos
sobre a África e para
consolidar a paz,
além de estar se tornando um
farol
de esperança
para
a geração atual,
que
vive
entre
o passado tradicional
e a modernidade de
hoje.
O
cinema, no século XX, influenciou o surgimento da informação televisiva que se
tornou uma grande arma de manifestação, onde na época da Guerra Fria os
manifestantes usaram desses meios para difundir suas ideias mediante da sociedade;
e lazer que em sete
de Janeiro de 1998 iniciam-se as primeiras emissões via satélite do canal de
televisão RTP África nos países africanos da CPLP (Comunidade de
Países de Língua Portuguesa). A programação tem um destaque especial para as
notícias do dia-a-dia africano e para os programas produzidos na África, como
séries e filmes. É considerada como instrumento de informação independente no
país e vigora até os dias atuais.
Por: Flávia
Lohane de Sousa Mendes Elias Borges Nº: 11
Fontes:
Flávia, tem ainada muita coisa igual à pesquisa, mas o conteúdo está bom. Reveja a grafia de INÍCIO e reescreva: NAS DÉCADAS DE 80 E 90,//.
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